Há mui erros cometidos
que destroem muitas vidas
e só reparados são
quando acontece o perdão.
Houve um homem egoísta
que deixou filhos e esposa
para viver um amor
ao lado de outra mulher.
Quando os anos se passaram
e a doença o atingiu,
a mulher com quem vivia
não o quis mais a seu
lado.
Sem ter onde se abrigar,
procurou a ex-esposa,
que o aceitou em seu lar,
porém não como marido.
Essa mulher concedeu
o perdão àquele homem.
E também o perdoou
o mais velho de seus
filhos.
O mais novo, entretanto,
que, entre todos, mais
sofrera,
não conseguiu perdoar
quem o abandonara um dia.
Não dirigia um olhar
ao pai ou qualquer
palavra,
agindo como se o homem
nem sequer ali vivesse.
Assim que chegava em casa,
o rapaz logo fechava-se
em seu quarto para, assim,
o seu pai não encontrar.
Os meses passaram lentos
e o enfermo enfraquecia;
o seu corpo deformava-se,
porém ele não morria.
Várias vezes internado
para ter morte assistida,
retornava para casa,
pois a morte não chegava.
Uma mulher piedosa
em visita ao hospital
disse à esposa desse homem
que ele estava preso à
vida.
Precisava libertar-se
daquilo que o prendia,
para ter serena morte,
partir sem nenhuma dívida.
Internado uma vez mais,
a mulher tanto insistiu
que o seu filho mais novo
foi visitar o seu pai.
Ao ver o estado do pai,
chorando, a pedir perdão,
o rapaz o abraçou,
perdoando o pai em pranto.
Não tardou para que o
homem
repousasse desta vida,
pois não teria descanso
sem o perdão de seu filho.
Porém, não sabe o filho
a graça que recebeu
ao conceder o perdão
a seu pai agonizante.
Se tal não acontecesse,
passaria sua vida
infeliz e amargurado,
preso em si, longe de
Deus.
Que aprendamos a lição
que esta história quer nos
dar:
o perdão salva a vida
de quem dá ou o recebe.
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